quinta-feira, 7 de maio de 2015

Fé demais cheira mal!
Ontem assisti na integra a entrevista do empresário Edir Macedo, concedida ao repórter do SBT, Roberto Cabrini. A chamada feita pelo próprio Silvio Santos já dava a entender o propósito da esquemática reportagem, o apresentador referiu-se ao bispo como: colega, empresário e líder da IURD. Enfim, o próprio Silvio admitiu tratar-se de uma homenagem. E, há quem diga que ele próprio sugeriu as perguntas que foram feitas ao colega.
No bom evangeliquês - dinheiro no mundo gospel empresarial é como sangue para o sacrifício, literalmente, lava todos os pecados.
Edir Macedo foi muito sutil, habilidoso, passou a imagem de vítima," homem polido, austero". Meu filho que é um menino inteligente mas pouco vivido, em momento algum durante a entrevista deixou-se ludibriar, mexendo discretamente na internet, de vez em quando dava um palpite, coisa do tipo - Esse cara é um grande empresário, muito esperto, só isso!
O que de fato deixou-me admirado, foi a lucidez do rapaz. Nesta entrevista Edir Macedo foi mesmo retratado como o bom moço, como disse anteriormente: o objetivo era homenageá-lo. O Israel, não conheceu as peripécias "macedônicas", pouco sabe a seu respeito, no entanto, foi preciso na análise.
O brasileiro não somente têm memória curta, como além de tudo é tratado como gado. Os ricos fazendeiros com o tempo se agigantam mais e mais , mesmo bandidos, viram heróis.
Estamos mesmo na terra do vale tudo! Basta lembrar que o atual presidente do senado, Renan Calheiros, renunciou ao mesmo cargo em 2007, para não ser caçado por denuncias de corrupção. O mesmo, é amigo do ex-presidente que também renunciou para não ser deposto, pelo mesmo motivo, e atualmente é senador por Alagoas, Fernando Collor.
Bandidos? que nada! Bandidos nesse país são: pretos, pobres, favelados, nordestinos... Quem rouba bilhões, são: doutores, empresários, banqueiros, excelentíssimos senadores... Mas, nas últimas décadas surgiu uma nova e super privilegiada classe: os bispos, pastores, apóstolos...
O que me deixa muito louco é o seguinte: se um menino de 16 anos pode ser crítico e preciso, então, a massa é gado por opção!? (...) Se for, que assim seja! É impossível mesmo fazer um boi pensar que é gente.

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